quarta-feira, abril 25, 2007

Mantra Yard - Escatologia e guerra aos (emo)cionais

Os ecos do Nirvana ainda continuam pegando firme no coração de bandas atuais. São Paulo a cada esquina tem adolescentes bebendo na fonte de Kurt Cobain.
Mantra Yard, é um dos filhos órfãs da sonoridade grunge, que hoje é ainda mais valorizada como um tesouro a ser explorado. Mas há uma linha bamba quando se tenta seguir a proeza de Cobain, pois além de bons riffs, havia melodias fantásticas, nada era gratuito no que ele fazia.
O Mantra Yard parece liderar junto há algumas bandas paulistas a mesclagem extrema e violenta de escatologia sonora. A adolescência é levada as ultimas conseqüências através de gritos e palavrões. Parece uma guerra declarada a dissipação de sonoridades emocionais, é a fuga do punk atual, mas ele está lá, fluindo não de forma intensa, mas está lá.

Para quer uma noite de emoções sem pensar em nada, acesse o site do Mantra Yard

domingo, abril 22, 2007

Indie Rock Brasil

Discos brasileiros de Indie Rock da Década de 1990

Pin Ups

sexta-feira, abril 20, 2007

Um ex sonifero a base OAEOZ

Quando descobri o OAEOZ no final da década 1990, achei interessante o nome, imaginava algo ligado ao rock progressivo, por ser nome de disco dessa fase dos Mutantes. Fui em alguns shows, que ainda tinham Igor (que fez parte do Tods) tocando guitarra e trumpete. Ele conseguia imprimir um ar mais jazz, ao colocar frases rápidas. Mas seguiu para outros caminhos e a banda ficou sendo totalmente levada a frente por Ivan Santos.
Gosto das letras, mas algo me intrigou, todos os shows tinham uma dinâmica muito parecida. Acredito que se mantiveram assim por anos e anos no mesmo pique. Três músicas chegavam a prender a audição, mas depois o tédio consumia a vontade de tentar ir fundo na sonoridade e as performances exageradas de Ivan incomodavam em canções mais depressivas, tudo parecia ser fora de hora, até mesmo os discursos raivosos que serviriam para bandas de hardcore tiravam o foco dos expectadores.
Acabei me desinteressando pela banda, mas, quando entrou outros músicos, ganharam mais dinâmica. André Ramiro; guitarra e Carlão Zubek; guitarra, acabaram com aqueles acordes largados ao vento de Ivan, a sonoridade se tornou mais complexa o que prendeu suas firulas e os andamentos mudaram.
André Ramiro é um músico mais aberto a outras sonoridades e tem mil facetas, explora efeitos cria climas e Carlão imprime rock de verdade no som do OAEOZ. Ambos tiraram os efeitos de sonífero que a banda tinha, dito e feito, era assim, escute três músicas e ache um local para se encostar.
Acredito que atitude pode ser mil coisas, menos o excesso, e o ar cool forçado que Ivan tenta imprimir.
Logicamente não posso desdenhar a banda como se não tivessem sua importância e tenho em meu micro músicas que gosto como:Lembranças (Não valem nada)” e “Luz e sombra”.
Quem gosta de sons bem calmos e relatos pessoais escute o OAEOZ, deite e relaxe, de preferência escute o cd “
Às vezes céu”.

Acesse o OAEOZ

quinta-feira, abril 19, 2007

Mariatchis grava video Clip

A banda Mariatchis está trabalhando no primeiro video, aguardem novidade!

terça-feira, abril 17, 2007

Pipemaze, bends fantásticos e arranjos tensos

“Pipemaze Pelo amor de DEUS, o nome da banda não é "paipemeize" é PIPEMAZE, pípêmázê, isso aí, um abraço.”

Assim se anuncia o ótimo Pipemaze.

Ao ouvir a primeira música do Myspace, pensei que eles eram ligados a sonoridade sessentista, mas na segunda faixa, o queijo cai ao chão com a tremenda força das guitarras, que evoca o começo das bandas noise brasileiras do ínicio dos anos 1990.
Dressed in flames, possui bends fantásticos, arranjos tensos e a colocação da melodia é extremamente perfeita. Das bandas que se aproximam do ideal sonoro do cultuado Sonic Youth, Pipemaze se destaca ao aproveitar a referência deles e colocar um têmpero particular a cada novo compasso. É música que você acaba ouvindo sem parar para entender ainda mais a construção.
Na música, O cara de sorte, (se firmou na minha mente a idéia do que fazem) a letra possui uma narrativa que explora sobressaltos poéticos, e muitos conceitos e gêneros se misturam na minha cabeça e agora quem salta aos ouvidos é Sid Barret, quando utilizam o cromatismo de forma inteligente para gerar sensações de queda e divisão de realidade na música.
Para quem achou que iria saber o caminho me enganei. Sinceramente ganhei um grande presente a cada nova audição. Repetindo: “Pipemaze Pelo amor de DEUS, o nome da banda não é "paipemeize" é PIPEMAZE, pípêmázê, isso aí, um abraço, guarde esse nome, vá aos shows e compre os eps.”

Clique aqui e ouça Pipemaze pule direto para a segunda faixa do player do Myspace

domingo, abril 15, 2007

Onde o fogo apagou há fumaça... Relembrando o passado.

Sempre teve aquele ditado “onde há fumaça há fogo” que se repete por ai em várias bocas, mas podemos inverte-lo de certa maneira, se tratando de algumas questões locais. Um grupo de pessoas que organizou um evento por anos aqui em Curitiba, se achavam deuses intocáveis e vejo realmente neles arrogância para tratar com a crítica. Só agora localizei uma resposta sobre um post que coloquei, chamado: “A imprensa cega, muda e surda”.
Quando falei do assunto, não foi porque ouvi falar, e sim, porque participei dos festivais, paguei meu ingresso, estava no evento. Segui os outros que se sucederam e foi cansativo todo ano chegar lá e ver as mesmas caras, e o cara que falou para não baixar o seu mp3, realmente não me interessei por eles, não é pela sonoridade e sim pela postura de rock-star e não pago e não me aplico para ver o ego saltar na cara.
Falei sim de bandas que tocaram nesse festival, é obvio isso, as bandas são ótimas, não é porque não concordo com a conduta que não irei falar deles. Quando citei a escalação da trupe do evento gelado, me referi com enfâse, ao cara que respondeu espumando pela boca, raivoso, mantendo sua pose de idolo dândi, exatamente porque todo ano estava o sujeito bradando e fazendo firulas no palco, como se aquilo fosse marcar a história. Milimétricamente fazia cara de dor, um passo a frente, outro atrás. Isso é querer entrar para história a força, cravando as unhas e forçando a barra.
Quanto a ser crítico, de fato não sou, apenas gosto de música e acompanho as bandas locais e um escrevo em um blog e daí? Alias eu lia o outro blog de vocês e não eram tão levados a sério, e constantemente muitas pessoas não resistiam em “tirar um sarrinho” em posts críticos que se repetiam. Como a própria disse, esperava algo apurado, queria que não me apega-se ao passado, mas escutei o programa e deveria saber que assim como eu, muitas pessoas escutaram e partilham da mesma opinião, e acho interessante, pelo jeito você não escreve de coisas passadas. Mas em uma retrospectiva ( é futuro?) da história paranaense sobre música local, estavam os idolos novamente, milimétricamente com a imagem de escritor beat, e pelo jeito você está a frente de seu tempo, por isso estarei sempre aqui para saber as novidades para 2008, 2009, porque passado é coisa de quem acha que está na crista da onda (quanto tempo não lia isso, ou será novidade? Bobinho isso é ironia você não está na crista da onda).
Sei que você tem mais o que fazer, mas eu lembro de vocês e gostei que lembraram de mim, então que bom que estou entre vocês, nas entrelinhas do seu blog, que só fala de bandas indiezinhas, assim como eu falo.

sábado, abril 14, 2007

"O Passáro" de Dirceu Graeser nunca parou de voar

No início da década de 80, ainda criança, com o rádio ligado escutava várias canções. Muitos estilos tocavam ao mesmo tempo; as estações não eram tão segmentadas. Como é comum, algumas canções povoam nosso pensamento,mas, com 6, 7 anos, você não se importa com nomes, mas as melodias se mantêm quase intactas na cabeça, entre elas destaco a música “O Pássaro” de Paulo Hilário, gravada por Dirceu Graeser em 1980, no disco de mesmo nome.

Ambos citados acima, são de suma importância para o rock local, mas fico deverás triste com esse esquecimento. Paulo Hilário ainda está tocando pela cidade com os Metralhas, (banda cover dos Beatles) acredito que a fama dos sucessos dos Beatles acabou tirando os olhos dos curitibanos para o lado o seu lado compositor. Isso ainda se mantêm nos dias de hoje e por falar nisso, tenho um certo receio que o lado autoral de bandas como o Anacrônica vá para o ralo por causa desse trabalho com covers, pois é inevitável dizer que essas pessoas acabam querendo o cover e muitas vezes o dinheiro derruba a arte.

Dirceu Graeser que é foco desse texto, começa a sua aventura pelo rock nos idos de 1965, com parcerias em composições gravadas por artistas como: Jean Carlo, que lançou muitos discos pela então conhecida gravadora Copacabana. Dirceu tinha suma-importância, pois estava ligado ao rádio e até hoje lembrado por seu trabalho no meio.

Graeser, então com 40 anos, voltou a gravar. Teve apoio de Reinaldo Godinho nos arranjos, e fez um disco com o título de "O Som do Samba no Sul-volume I".

Com a tiragem de 3.500 cópias, das quais 1.500 doou a entidades assistênciais. Dirceu compôs 8 faixas, do elepe, enquanto que Paulo Hilario, escreveu "O Pássaro", uma das músicas mais tocadas na época. A gravadora K-Tel, percebendo a força das músicas fez a reedição do disco, com o título certeiro de "O Pássaro".

Utilizou como capa uma foto da Ilha do Mel e lançando-o nacionalmente. O single com a canção “O Pássaro”, ficou entre aos mais vendidos ao lado de cantores internacionais como Nika Costa.

O Mundo Descritivo tem o prazer em colocar em voga o nome de Dirceu Graeser, que faz parte da nossa história e que tem que ser reverenciada, ressuscitada para os jovens de hoje e de amanhã. É necessária essa cultura de resgatar nomes, de dar créditos as pessoas que movimentaram a nossa música Curitibana. Dirceu ( onde estiver, agradecemos pela sua genialidade) e você Paulo Hilário, parabéns por manter a chama da música local sempre acessa.

Clique aqui e baixe o sucesso "O Pássaro" composição de Paulo Hilário gravada por Dirceu Graeser.

terça-feira, abril 03, 2007

A jardineira Marielle Loyola: tingindo as cores das flores e renovando as raizes do rock curitibano

O rock é um vício! As pessoas que se envolvem com o gênero dificilmente conseguem se desligar, é muito intenso. Dentro desse contexto, vale ressaltar uma das mais competentes vozes do rock local: Marielle Loyola; que há anos vem montando bandas importantes no cenário brasileiro. Mesmo tendo uma história fora do núcleo da célula de sucesso do rock nacional; Foi extremamente importante ao fazer parte das bandas: Arte no Escuro e as Volkanas (primeira banda de trash-metal femino do Brasil).
Marielle sempre flertou com muitos sons e fica evidente na atual sonoridade da banda Cores de Flores, que no ínicio de carreira possuia características mais pops e aos poucos foi aumentando o peso e hoje tem muitas referências do Gothic Metal.
A banda é uma das que mais batalha na cena local, estão constantemente fazendo notícia, sempre há novidades, discos, programas de rádio, mudanças no visual, etc. Marielle é incansável, muda, se adequa, permuta conceitos e continua levando a frente o que acredita. Por isso que desde de 1998 não parou e agora está prestes de lançar pelo selo Silent Music o cd: "Paixão". Com isso a jardineira competente, constantemente está tingindo as cores das flores e renovando as raizes do rock curitibano.

Maiores informações sobre a banda acesse: www.coresdflores.com.br